Não foi uma história simples, essa de que o engenheiro elétrico, político e empresário Ivan Leite, 62 anos, do Grupo Sulgipe, abriu mão de ser ministro de Estado do Brasil. Não é simples, porque esse é o tipo de convite que milhares de figuras públicas andam pedindo aos céus que lhes sejam feito. 

Por convergência do grupo político ao qual pertence, o PRB, chegou a Ivan Leite o convite, limpo, puro, desprovido de lobby da parte dele, para que assumisse o Ministério da Indústria, do Comércio Exterior e Serviços do país na gestão Michel Temer. E é bom ficar claro que, originalmente, Ivan não anda berrando “fora Temer” por aí, e até lê com generosidade os acertos desse que os mais avexados chamam de golpista. 

Mas outra convergência importantíssima fez com que Ivan Leite não avançasse em direção ao cargo público ministerial: há uns três anos, ele responde diretamente pela Diretoria-Presidência da Companhia Sul Sergipana de Eletricidade - Sulgipe -, empresa fundada e dirigida até ali pelo seu pai, o também engenheiro Jorge Leite, com cerca de 600 empregos diretos e faturamento superior a R$ 100 milhões por ano. Dr Jorge, como todos o tratam, é vivo, mas fora de combate funcional. Com a saúde embargada.

Ivan levou na esportiva o ter que abrir mão. “A vida é feita de escolhas. Aos 16 anos, deixei de ir ao Japão jogar vôlei pelo Colégio Mackenzie-SP, aonde estudei dos 12 aos 18 anos, porque preferi passar as férias em Sergipe, na Atalaia, no Abaís e no Crasto. Apenas aos 50 anos, voltei a ter oportunidade de conhecer o Japão, e desta feita fui. Já optei por ser 8 anos deputado estadual e 8 anos prefeito de Estância. No momento, fiz a escolha que era a adequada. A vida é dinâmica”, diz ele.